terça-feira, 15 de novembro de 2016

Quem sou eu para...?

Quem sou eu para achar que posso escrever um blog? Quem sou eu para fazer algo, que desperte nas pessoas ou em mim mesma, a vontade de continuar? 

Você já se fez essas perguntas?

Quando me faço essas perguntas, sinto como se eu fosse inadequada para tentar algo, que nunca fiz antes. 

"Ah, se você nunca fez isso antes, é porque não tem o talento para isso. Como você pode querer ser boa nisso?", pergunta a voz mental.

Como se a Terra fosse dividida entre os seres afortunados, que já nasceram fazendo algo incrível, e nós mortais, que gostaríamos de tentar algo novo, mas que despertamos um pouco tarde (ou tarde demais) para desenvolvermos uma nova habilidade.

Às vezes, aguardamos um diploma, ou a publicação de um livro, ou que alguém nos dê legitimidade, para começar algo novo, acreditando que isso vai nos garantir segurança. 

Não vai, não. O carcereiro mental vai sempre tentar nos convencer de que as condições ainda não são adequadas (e nunca serão). A questão é trabalhar a nossa capacidade de persistir nos nossos sonhos.

Refletindo sobre isso, eu me dei conta de que estou formulando a pergunta errada.

Provavelmente, as perguntas a serem feitas são as seguintes:

Quem sou eu (quem é você) para não sonhar e realizar? Quem sou eu para me submeter à prisão do meu próprio medo e não tentar?

No quebra-cabeça do mundo, somos únicos, igualmente a todos os outros. Como deixar faltar a nossa peça?

Então, a pergunta remanescente é:

Está esperando o quê? 




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