É curioso definirmos uma idade pra (quase) tudo. Idade pra estudar, pra namorar, dirigir, maioridade civil, retorno de saturno, ter desconto; até que se chega à idade do limbo. 37.
"Age 7-Why? Age 17-Why not? Age 37-Because." David Campbell
Na proximidade da quarta década, os descontos e bolsas de estudo desaparecem, dentre outras possibilidades, porém resiste, em alto e bom som, um questionamento pessoal e social.
"Vai ter filhos?"
Se a mulher chegou a essa idade e já teve o primeiro filho, a pergunta persiste, porém disfarçada: vai ter o segundo? E para mulher que já teve o segundo: vai ter mais um, ou fechou?
Se Shakespeare fosse vivo, ele possivelmente estaria se perguntando: ter ou não ter? Eis a questão.
Na tentativa de compreender o que mobiliza as pessoas a estabelecerem o que fazer e em que momento da vida, comecei a pesquisar o assunto. Clica de cá, clica de lá, surgiu um artigo sobre criatividade, que explicava o motivo da busca humana por definição (internet é bom por isso, você começa pesquisando um assunto trivial e encontra algo genial).
A busca por definição parece residir no fato de sentirmos segurança nas regras, sejam as de convívio social, sejam as do trabalho, ou da própria rotina. Quando algo imprevisível acontece, a sensação imediata é quase sempre de estranheza. Por essas e por outras, também é esperado que a mulher tenha filhos; quando a idade “chega” e a indefinição permanece, o resultado parece ser um cabo de aço entre os que seguiram a regra e os que cogitam descumpri-la.
"Puxa de lá que eu puxo de cá."
Independentemente da nossa convicção, nem todo mundo nasceu pra ter experiências iguais, por mais divinas que sejam. Diversidade é uma dádiva. Aproveitemo-nos.
Fontes:http://creatingminds.org/articles/age.htm
http://creatingminds.org/articles/age.htm#sta
http://creatingminds.org/articles/killing_ideas.htm
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