terça-feira, 3 de maio de 2011

De olhos bem fechados

Laios, com o filho nos braços, foi ao Oráculo perguntar sobre o futuro do menino; e o Oráculo respondeu.

“Ele vai matar o pai e casar com a mãe.”

Aquelas palavras ecoaram na cabeça de Laios, fazendo com que ele se apegasse cegamente à forma daquele destino. Laios não parava de materializar em pensamento toda a cena com riqueza de detalhes; não cedia espaço para imaginar que o Oráculo pudesse estar falando da independência do filho, que supera o pai, e casa com a mãe de seus filhos. Laios, tomado pela sua certeza, tentou desesperadamente evitar a perda das suas posses, da sua autoridade; e abandonou Édipo, ainda bebê, num lugar ermo, e partiu.

Uma família, que ali passava, encontrou o Édipo e o levou para a cidade vizinha. Édipo cresceu nos braços daquela família; e, na idade adulta, conforme os costumes locais, foi ao Oráculo saber sobre o seu futuro; e o Oráculo confirmou.

“Você matará o pai e casará com a mãe.”

Édipo, possuído pelas imagens daquela profecia, fugiu para outra cidade, abandonando a família que o acolheu. No caminho, ele deparou-se com Laios, defendendo a fronteira das terras. Sem que um soubesse quem o outro era, ambos sentiram-se ameaçados; e o encontro foi acompanhado por uma briga. Édipo matou Laios e foi levado como herói pra cidade onde Jocasta, sua mãe biológica, morava; e lá se casou com ela.

Algumas situações na vida repetem-se surpreendentemente. Dessas, não podemos fugir. No entanto, podemos escolher vivê-las conscientes, ou não. 


Nota: a fonte desse post é o mito de Édipo. O post não serve como consulta, pois foi resumido e contado sob um ponto de vista particular. Para mais detalhes e dados confiáveis, favor consultar http://en.wikipedia.org/wiki/Oedipus .

Nenhum comentário:

Postar um comentário